Caminhava apressadamente pela rua, absorto em meus pensamentos.
Não, não mesmo, não admitiria mais aquilo. Os direitos não eram apenas dela. E as suas vontades, como ficariam?!
Entrou na loja ofegante. Estava decidido, poria fim àquela situação. De início pensara em algo mais frio e calculado como uma paulada, utilizando uma madeira resistente com um prego na ponta, ou quem sabe, um tiro certeiro; no entanto não seria necessário tamanho estardalhaço. Ela opinava e reclamava exacerbadamente, deixando-o desnorteado.
Dirigiu-se ao vendedor. Já tinha em mente o material específico, escolheu a maior e mais afiada. Pegou-a com firmeza, olhou o seu brilho com certa cumplicidade e sentiu um leve arrepio de satisfação percorrer o seu corpo.
De súbito voltou para casa. Entrou. Percorreu-a com o olhar, não encontrara pessoa alguma e isso não o surpreendera, já que viviam ali apenas a esposa e ele. Foi direto para o quintal. Agora teria um pouco de paz. Sua vítima estava próxima ao muro. Jogou-se sobre ela, esta debateu-se inutilmente. Um golpe certeiro no pescoço com a peixeira e ela ficara imóvel, morta!
Ouviu alguns passos vindo em sua direção. Sobressaltado olhou rapidamente.
- Até que enfim! Pensei que não fosse ter coragem. - era sua esposa esperando para preparar o jantar. Ele com bastante firmeza se dirigiu até ela e lhe entregou a faca:
- Pronto, querida, agora já pode preparar o prato principal, frango ao suco de laranja!
Willi Angel
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